sábado, 17 de maio de 2008

JÁ PRA CASA!



Em http://revistavocerh.abril.com.br/melhoresp/japracasa.shtml - MELHORES PRÁTICAS - QUALIDADE DE VIDA - sem autor e sem data.

Há quatro anos, a Dell, uma das maiores fabricantes de computadores do mundo, detectou em sua pesquisa de clima um preocupante índice de insatisfação em relação ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os 1 200 funcionários da unidade brasileira se queixavam de ficar longas horas no escritório e não conseguir manter compromissos pessoais. Diziam eles que as demandas não tinham fim e a sensação era falta de tempo - sempre. A diretoria da empresa no Brasil decidiu tratar o assunto com seriedade e traçou um plano de ação que vem rendendo bons frutos.
Entre várias medidas, a empresa passou a estimular a flexibilidade de horários. O funcionário pode trabalhar em casa quando não há necessidade de sua presença no escritório. Isso tem funcionado muito bem na base da informalidade e, especialmente, na confiança. Se o empregado pretende ficar em casa algum dia da semana porque acha que vai render mais, basta avisar o chefe. Ele ainda não quantificou o número de funcionários que já se beneficiam dessa medida, mas no próprio RH metade dos 15 profissionais vem usufruindo desse sistema.
Em quatro anos, o índice de favorabilidade na questão do equilíbrio entre vida pessoal e profissional subiu na pesquisa interna de 60% para 80%, cinco pontos além do considerado ideal pela empresa.


ANÁLISE CRÍTICA

É interessante verificarmos a verdadeira revolução que ocorreu no setor corporativo, no período marcado pela velocidade das transformações: o século 20, especialmente em sua segunda metade, e neste início de século 21. As mudanças podem ser observadas de forma muito visível: antigamente os funcionários, rigorosamente engravatados alinhavam-se em fileiras de pesadas mesas e cadeiras de linhas invariavelmente retas, em madeiras de tons escuros. A iluminação geral era precária, os equipamentos básicos eram robustas máquinas de escrever e de calcular. O ambiente geral era escuro e opressivo. Hoje, encontramos espaços leves, com mobiliário de cores claras, iluminação adequada a cada tipo de atividade e mesas limpas; sobre elas, apenas um telefone (ou um celular). A diferença entre esses dois “mundos” do trabalho corporativo deve-se à revolução introduzida pela tecnologia da informação (TI), principalmente a partir do final da década de 1990. A explosão da informática, da internet, da comunicação por celular, entre outras inovações, mudou completamente o panorama das empresas.

Nesses nossos novos tempos, tudo é realmente diferente. As barreiras – físicas e organizacionais – caíram e as formas de encarar a participação dos funcionários e colaboradores nas organizações também. A informatização permitiu reduzir o número de funcionários, com o corte de determinadas funções. O trabalho passou a ser fortemente colaborativo e, nas companhias de vanguarda tecnológica, a presença física do funcionário no escritório já não é tão necessária, proporcionando nas empresas mais avançadas a possibilidade de seus empregados e colaboradores conciliarem vida profissional e pessoal.

domingo, 4 de maio de 2008

MUITO MAIS DO QUE A CADEIRA CERTA




















Por Daniela de Lacerda, em http://vocesa.abril.com.br/equilibrio/aberto/ar_207962.shtml, sem data.

Quando se fala em ergonomia você logo pensa na postura correta e na cadeira ideal para cada funcionário? O conceito é bem mais amplo. O professor Mário César Ferreira, doutor em ergonomia e professor do Instituto de Psicologia da UnB (Universidade de Brasília), classifica a ergonomia como a ciência do trabalho, envolvendo não só as condições de trabalho, mas aspectos como as relações sócio-profissionais e as normas, rotinas e procedimentos do mundo corporativo. "Ergonomia não é cadeirologia", decreta.

A ergonomia agrega bem-estar no trabalho, eficiência nos processos produtivos e, como conseqüência, satisfação dos clientes. Envolve três grandes campos:
• Condições de trabalho (ruído, temperatura, iluminação, espaço, etc.)
• Organização do trabalho (incluindo aspectos como normas, rotinas, procedimentos e tempo)
• Relações sócio-profissionais (entre pares; entre chefes e subordinados; entre o profissional e seus clientes e fornecedores).


ANÁLISE CRÍTICA

A entrevista destaca que nas organizações, essas três áreas estão interligadas. O caráter básico da ergonomia é a interdisciplinariedade. Seus pilares são a psicologia e a fisiologia. Além disso, outras especialidades são convocadas, como arquitetura, engenharia, medicina, ciência da informação... Na maior parte das vezes, o especialista em ergonomia ainda é consultado pelas organizações sobre questões referentes ao mobiliário, ao posto de trabalho. Mas essa mentalidade está mudando.
O primeiro passo é pensar diferente. Não se muda a prática sem mudar a mentalidade. Em seguida, é preciso conceber e implantar um novo modelo de gestão do trabalho, com efetiva participação de todos, reconhecimento e desenvolvimento, autonomia e implantação de programas de qualidade de vida de natureza preventiva (e não paliativa).