sábado, 22 de novembro de 2008

QVT – EVOLUÇÃO CONCEITUAL E SUAS ABORDAGENS


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

RODRIGUES, MARCUS VINÍCIUS. Qualidade de Vida no Trabalho: evolução e análise no nível gerencial / Marcus Vinícius Rodrigues. 11. Ed – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

RESENHA DO CAPÍTULO 5

Neste capítulo é apresentada a evolução do conceito de QVT desde Trist até os dias de hoje.

A QVT tem sido alvo de preocupação do homem desde o início de sua existência , haja visto o exemplo de Euclides de Alexandria a 300 anos aC, onde seus ensinamentos foram aplicados para melhorar o método de Trabalho dos agricultores às margens do Nilo ou ainda em 287 anos aC quando, para diminuir o esforço braçal de muitos trabalhadores, foi aplicada a “Lei das Alavancas” de Arquimedes .

Mas foi com a sistematização dos métodos de produção nos séculos XVIII e XIX , que as preocupações com as condições de trabalho e a influência destas na produção e moral do trabalhador, vieram a ser estudadas de forma científica.

HUSE & CUMMINGS (1985) explicitam em sua obra os pontos de maiores convergências e preocupações sobre as dimensões que trariam ao indivíduo uma maior QVT. São eles:
1) Adequada e satisfatória recompensa;
2) Segurança e saúde no trabalho;
3) Desenvolvimento da capacidade humana;
4) Crescimento e segurança profissional;
5) Integração social;
6) Direito dos trabalhadores ;
7) Espaço total de vida no trabalho e fora dele;
8) Relevância social.

Nos últimos anos a expressão Qualidade de Vida no Trabalho tem sido usada para descrever situações e métodos com objetivos diversos.

Sua evolução conceitual na visão de NADLER & LAWLER (1983) deu-se da seguinte forma:

a) De 1959/1972 ela foi tratada como reação individual ao trabalho ou as conseqüências pessoais de experiência do trabalho.
b) De 1969/1975 a ênfase ao indivíduo vinha primeiro que a dos resultados.
c) De 1972/1975 foi usada como engrandecimento do ambiente de trabalho e a execução de maiores produtividade e satisfação.
d) De 1975/1980 utilizada como ferramenta de movimentos (gerenciamento participativo e democracia gerencial).
e) De 1979/1983 vista como conceito global e forma de enfrentar problemas de qualidade e produtividade.
f) Previsão futura de que a globalização trará consigo inevitável descrença de alguns setores sobre o termo QVT para os quais QVT nada mais representará.

Já para Richard WALTON (1973) a expressão “Qualidade de Vida” tem sido muito utilizada para descrever certos aspectos e valores ambientais e humanos, que foram negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, do crescimento econômico e da produtividade.


MATÉRIA:

Comunicação e fidelização dos funcionários garantem bons resultados nos negócios - por Camila Micheletti, sem data, em http://carreiras.empregos.com.br/comunidades/rh/noticias/251103-case_criativa_tlmkt.shtm

RESUMO

Como ser uma das 10 maiores empresas do setor, ter 4.500 funcionários e faturar 60 milhões de reais por ano? A receita quem dá é Rubens Tavares, presidente da Criativa Telemarketing: "Invista na capacitação e na comunicação eficaz entre a empresa e os colaboradores". Pode parecer chavão, mas foi com essas armas que a empresa, que tem apenas quatro anos, conseguiu fidelizar o seu público mais difícil: o público interno, principalmente em um setor com tanta rotatividade como é o de Telemarketing. O turn-over da empresa é de 4%, considerado baixo para esta área.
Essa integração interna permite um crescimento e satisfação profissional dos funcionários, beneficia os clientes, mas principalmente atinge de forma positiva os consumidores dos produtos das empresas de telemarketing. "Eu preciso reter e qualificar muito bem todos os meus funcionários, pois eles vão representar a empresa contratante. O resultado é o sorriso na voz, o saber atender, a satisfação em fazer o trabalho.
A empresa fez parcerias com a Faculdade Anhembi Morumbi, que ministra cursos da área para seus funcionários, com a Impacta, e com o Sesc, com convênios de uso de suas dependências para práticas esportivas, culturais e sociais. "Estamos preocupados com o aperfeiçoamento e competência profissional. Com isso, todos ganham e a empresa fica cada vez mais competitiva no mercado", alega o presidente da Criativa. Pelo visto, por enquanto tudo indica que ela está no caminho certo.

ANÁLISE CRÍTICA

As transformações cada vez mais constantes e radicais que ocorreram no mercado de trabalho nas últimas décadas também passaram a exigir novas qualificações dos trabalhadores. O ritmo de evolução acelerado, mediado pela tecnologia cada vez mais sofisticada, está fazendo desaparecer várias profissões (tipógrafo, telegrafista, operador de telex, etc.) e criando outras tantas (digitador, analista de sistemas, programadores, etc.). Está também exigindo novas qualificações e habilidades a praticamente todas as demais profissões, em um processo de reorientação de cargos e ocupações. Assim, a simples emissão de uma nota fiscal de compra, que era feita manualmente, passou a exigir dos vendedores novas habilidades (manuais e cognitivas) no momento em que o mesmo procedimento passou a ser feito no terminal de um computador central. Esse, por sua vez, gerencia os estoques, atualiza preços, emite relatórios, etc., rotinas anteriormente feitas com uma intermediação humana muito maior.
Vivendo numa sociedade globalizada, porém em grande parte determinada pelos países centrais, milhões de pessoas têm suas vidas permeadas pela TI, que exige que todos tenham habilidades razoáveis para manipular os diversos dados com os quais terão que interagir. As habilidades mínimas de saber ler, escrever e operar números já não são suficientes para dar conta dessa interação. Uma integração no contexto atual com vistas a desempenhar um papel na atividade econômica exige também a capacidade de lidar com conceitos abstratos, trabalhar em grupo e empregar as potencialidades da tecnologia.
A qualidade e a própria existência da formação, de uma maneira geral, está associada ao grau de complexidade das profissões e à importância de sua participação na economia. Enquanto em algumas áreas uma qualificação prévia dos trabalhadores é exigida e oferecida sistematicamente, em outras o mesmo não ocorre.

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